Desenha, sobre um mapa onde as ilhas possam flutuar
e as brancas penínsulas se abandonem as aves,
a incerteza do maior amor ou a tranquila
oscilação dos barcos nas enseadas onde o Inverno
pode adormecer. Na solidão, na noite, não demores
o tempo entre os anéis, os dedos toca sempre
esses despojos de antigas navegações.
Por isso, nas horas mais tranquilas, entre falésias,
dedico-me a essa ocupação de recolher o que as marés
trazem as praias, como se fosse ao coração.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
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